VAMOS FALAR DE LITERATURA AFRICANA
QUARTO EVENTO DE 2024 DA SÉRIE LITERÁRIA DA
FUNDAÇÃO MARIA LUISA E OSCAR AMERICANO
MANHÃ
10h30 – ELAS SEMPRE ESTIVERAM LÁ: UMA CONVERSA SOBRE AS LITERATURAS DO CONTINENTE AFRICANO
Alexandre dos Santos
TARDE
14h00 – UMA PONTE CHAMADA ATLÂNTICO, VESTÍGIOS NAS ESCRITAS DE MULHERES NEGRAS
Eliana Alves Cruz
15h45 – UM TEMPO PARA ONDE VOLTAR
Paulo Scott
19 de outubro de 2024
10H30 às 17H00
intervalo para almoço, 12H-14H
INICIATIVA CULTURAL
FUNDAÇÃO MARIA LUISA E OSCAR AMERICANO
assinatura anual para 1 evento
MAIS INFORMAÇÕES:
FUNDAÇÃO MARIA LUISA E OSCAR AMERICANO
Av . Morumbi, 4077 - Morumbi
Preço: R$180,00 (inteira) R$90,00 (meia)
Valete no local
Almoço opcional: R$85,00
(prato principal, suco e sobremesa)
É provável que o maior desafio até aqui colocado à curadoria da Série Literária tenha sido este: falar das literaturas africanas. Como abordar a trajetória literária de um continente? De um continente formado por inúmeras línguas e inúmeras culturas? Qual foco deve ser aplicado? Imaginamos, portanto, que poderíamos começar com um convidado capaz apresentar um grande panorama literário – para que, justamente, pudéssemos compreender um pouco melhor a dimensão do objeto a ser tratado.
Transferimos, assim, o desafio a Alexandre dos Santos – especialista em em história e política do continente africano, jornalista e professor da PUC-Rio, um dos autores de África no mundo contemporâneo e responsável tanto pelo canal no YouTube #ConexãoÁfrica quanto pelo clube de leitura África em livros. Ele abrirá o dia dedicado à literatura africana na Fundação Maria Luisa e Oscar Americano.
Quem são os autores mais relevantes? Em quais línguas seus principais trabalhos foram escritos? Em quais contextos sociopolíticos? Como eles são publicados no Brasil? Qual a recepção? Quais editoras publicam autores africanos? E como situar, nessa geografia, a África lusófona?
Após o panorama proposto por Alexandre dos Santos – após o almoço e a abertura da exposição vinculada ao tema do encontro –, acontecerá a segunda parte da imersão. Nesta, com o intuito de abrangermos o máximo possível da literatura africana, pedimos a dois destacados autores da literatura brasileira contemporânea para discorrerem livremente sobre obras de autores vindos da África: Eliana Alves Cruz e Paulo Scott.
Jornalista, escritora e roteirista, Eliana Alves Cruz é autora, dentre outros, de Solitária (Companhia das Letras, 2022), A vestida (Malê, 2021), contemplado com o prêmio Jabuti na categoria Conto, e Água de barrela (Fundação Cultural Palmares, 2016), contemplado com o prêmio Oliveira Silveira.
Paulo Scott é autor de diversos livros de poesia e de prosa; dentre eles, Marrom e amarelo (Alfaguara, 2019), livro vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura 2020, finalista do International Booker Prize e vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior.
Através de três importantes conhecedores, os aspectos culturais, políticos e propriamente literários serão abordados, oferecendo ao público o contato com as diversas vertentes da produção literária africana.
Rodrigo Lacerda
Felipe Franco Munhoz
FELIPE FRANCO MUNHOZ
Nasceu em São Paulo, em 1990. É graduado em Comunicação Social pela UFPR. Recebeu uma Bolsa Funarte de Criação Literária para escrever seu livro de estreia: “Mentiras” (Nós, 2016).
Em 2017, na Flup, com a atriz Natália Lage, apresentou “Identidades 15 minutos”, recorte-adaptação do que seria seu livro seguinte: "Identidades" (Nós, 2018).
O texto “Parêntesis”, publicado em 2020 no jornal O Estado de S. Paulo, foi registrado em performance audiovisual homônima – dirigido por Natália Lage, com trilha sonora original de André Mehmari, o curta-metragem foi exibido no Nepal International Film Festival, no CICA Museum (Coreia do Sul), dentre outros – e integra seu terceiro livro: “Lanternas ao nirvana” (Record, 2022).
Traduziu, do russo, a seleta de poemas de Aleksándr Púchkin “O Cavaleiro de Bronze e outros poemas” (Kalinka, 2022).
RODRIGO LACERDA é escritor, tradutor e editor. Entre seus livros, destacam-se: O mistério do leão rampante (novela, 1995, prêmio Jabuti); Vista do Rio (romance, 2004); O fazedor de velhos (romance juvenil, 2008, prêmio da Biblioteca Nacional, prêmio Jabuti, prêmio da FNLIJ); Outra vida (romance, 2009, prêmio da Academia Brasileira de Letras); A república das abelhas (romance, 2013); e Reserva Natural (contos, 2018, prêmio de da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA). Mais recentemente, lançou O Fazedor de Velhos 5.0 (juvenil, 2020). Como tradutor, recebeu o prêmio Jabuti de Melhor Tradução de Língua Francesa, em 2009, e de Melhor Tradução, em 2011. Trabalhou em algumas das mais importantes editoras do Brasil. Atualmente é editor-executivo na Record. É doutor pela Universidade de São Paulo em Teoria Literária e Literatura Comparada.
ALEXANDRE DOS SANTOS é jornalista, mestre e doutorando em Relações Internacionais, professor do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio e um dos coordenadores do Lepecad (Laboratório de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre o Continente Africano e as Afro-diásporas) da PUC-Rio.
É responsável pelo canal no youtube #ConexãoÁfrica e pelo Clube de Leitura África em Livros, dedicado exclusivamente a livros publicados por autoras/es africanas/os. Especialista em história e política do continente africano, é um dos autores do livro África no mundo contemporâneo(editora Garamond, 2014).
Em 25 anos de experiência no Grupo Globo, foi editor e produtor do programa Sem Fronteiras e editor-chefe do programa Milênio na Globonews. Fez parte da equipe que criou o programa Cidades e Soluções, também na Globonews, com o jornalista André́ Trigueiro. Foi editor-chefe e chefe de redação dos programas Globo Universidade e Como Será?na Rede Globo.
ELIANA ALVES CRUZ é carioca, escritora, roteirista e jornalista pós-graduada em comunicação empresarial. Foi a ganhadora do Prêmio Jabuti 2022 na categoria Contos, pelo livro A vestida.
Seu romance de estreia, Água de barrela, ganhou o Prêmio Oliveira Silveira de 2015, da Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura, e foi menção honrosa do Prêmio Thomas Skidmore 2018, do Arquivo Nacional e da universidade americana Brown University.
O segundo romance, O crime do cais do Valongo, foi escolhido como um dos melhores do ano de 2018 pelos críticos do jornal O Globo e foi semifinal do Prêmio Oceanos 2019. O romance Nada digo de ti, que em ti não veja, lançado em junho de 2020 pela Editora Pallas, recebeu em 2022 prêmio da União Brasileira dos Escritores, e o romance Solitária, lançado pela Companhia das Letras em 2022, já está entre os mais vendidos da editora. É autora tem também dois livros infantis: A Copa Frondosa da Árvoree O desenho do mundo.
No Áudio visual foi chefe de sala do seriado Capoeiras, a estrear pela Disney Star+, integrou a sala de roteiro da série Anderson Spider Silva, foi criadora de conteúdo no projeto Narrativas Negras, da Paramount, pesquisadora na Rede Globo e na Fox. Atualmente é apresentadora do Programa Trilha de Letras, da TV Brasil.
PAULO SCOTT nasceu em Porto Alegre e reside atualmente em São Paulo. Autor de oito livros de poemas – os mais recentes são Luz dos monstros (São Paulo: Aboio, 2022), Se o mundo é redondo e outros poemas (Lisboa: Gato Bravo, 2020), Garopaba Monstro Tubarão (São Paulo: Selo Demônio Negro, 2019) e“Mesmo sem dinheiro comprei um esqueite novo(São Paulo: Companhia das Letras, 2014), livro vencedor do Prêmio da APCA - Associação Paulista dos Críticos de Arte 2014 – e seis de prosa – dentre eles o livro de contos Ainda orangotangos (Porto Alegre: Livros do Mal, 2003, publicação; Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2007, republicação), adaptado para o cinema pelo diretor Gustavo Spolidoro, longa-metragem vencedor do 13º Festival de Cinema de Milão, e os romances Habitante irreal (São Paulo: Alfaguara, 2011), livro vencedor do Prêmio Machado de Assis 2012, da Fundação Biblioteca Nacional, lançado também na Alemanha, Portugal, Inglaterra, Estados Unidos e Croácia, O ano em que vivi de literatura (Rio de Janeiro: Editora Foz, 2015), livro vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura 2016, e Marrom e Amarelo (São Paulo: Alfaguara, 2019), livro vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura 2020, livro finalista do International Booker Prize 2022, livro vencedor do Prêmio Jabuti de Livro Brasileiro Publicado no Exterior 2023. Escreve textos de dramaturgia e roteiros, colabora com revistas, jornais e suplementos de cultura do país e do exterior (seus textos estão publicados em Portugal, Inglaterra, Alemanha, França, Croácia, China, Países Árabes, Estados Unidos, México e Argentina). Participou de projetos de escrita literária na China e na Austrália. Está trabalhando na pesquisa para a escrita do romance Barqueiro Rondonópolis.